Pesquisadores do Centro de Física da Escola de Ciências da Universidade de Minho (UMinho), em Portugal, desenvolveram um dispositivo que pode reproduzir a fotossíntese para gerar energia. O produto, inspirado na natureza, absorve a energia solar convertendo-a em eletricidade.
O objetivo, segundo afirma Sara Núñez-Sánchez, responsável pela pesquisa, que atualmente possui nove parceiros de cinco países e que já captou 3.6 milhões de euros do Programa Pathfinder da União Europeia, é facilitar a adaptação às mudanças causadas pela crise climática.
De acordo com o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Espanha, parceiro no projeto, o dispositivo contará com estruturas nanométricas e também propriedades necessárias para a absorção e transporte de energia (de modo a produzir eletricidade) e de controle térmico (para resfriar sem gastar energia, replicando-se o processo que a Terra faz no deserto, por exemplo).
Conforme divulgou a UMinho, o dispositivo que pode reproduzir fotossíntese será aplicado nas superfícies dos objetos como se fossem tintas. Com isso, eles pretendem cobrir elementos urbanos, desde carros a casas, que serão capazez de produzir energia enquanto controlam sua temperatura, adaptando-se às necessidades climáticas de cada região.
“Poderá ser uma solução para muitos problemas energéticos atuais e vários dos desafios da Agenda 2030 da ONU”, afirmou Sara Núñez-Sánchez. “Estabeleceremos as bases de uma nova tecnologia que terá impacto em áreas além das tecnologias de gestão de energia, tais como a forma como transportamos informação de uma forma mais sustentável, reduzindo assim a nossa dependência de materiais críticos”, disse. .
( fonte: Katiuscia Mizokami/Digital agro )