Pix: A Internacionalização do Sistema de Pagamento Instantâneo Brasileiro

C.T. Carvalho


No entanto, é crucial entender que essa forma de transação é uma operação cambial realizada através do Pix, não um pagamento em moeda estrangeira. O Banco de Compensações Internacionais (BIS) está desenvolvendo o projeto Nexus, que visa interligar sistemas de pagamento instantâneo em todo o mundo até 2025.

Apesar da conveniência e rapidez que o Pix e outros sistemas de pagamento trazem, o aumento das fraudes é uma preocupação crescente. Usuários devem estar vigilantes e adotar práticas de segurança, como senhas fortes, autenticação em duas etapas e redes Wi-Fi seguras.

O sucesso do Pix vai além das fronteiras brasileiras, com diversos países adotando esse método de pagamento. O sistema de pagamentos instantâneos revolucionou a forma como as transações são feitas, com números impressionantes de crescimento e adoção. Além disso, a internacionalização do metdodo de pagamento está acontecendo, permitindo que brasileiros utilizem esse método em outros países, facilitando transações cambiais de forma segura e rápida.

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central em 2020, não só transformou a maneira como os brasileiros realizam transações, mas também está se espalhando para além das fronteiras do país. O sucesso desse método de pagamento é inegável, com um aumento impressionante no volume de transações nos últimos 24 meses, totalizando mais de 3 bilhões de operações no valor de mais de R$ 1,2 trilhão. Surpreendentemente, o maior volume de pagamentos via Pix ocorre entre empresas, representando 39% das transações.

A internacionalização do Pix é uma das tendências mais recentes e notáveis. Países como Uruguai, Argentina, Chile, Peru, México, Portugal e até os EUA já estão adotando o Pix como método de pagamento em estabelecimentos comerciais. Na Argentina, alguns comerciantes aceitam o Pix através de contas correntes em bancos brasileiros de parentes, uma forma de contornar as restrições cambiais do país.

Essa tendência se expandiu ainda mais, com agentes financeiros locais e fintechs brasileiras oferecendo serviços de recebimento de Pix com transações cambiais. Isso possibilita que turistas brasileiros realizem operações cambiais seguras e rápidas, aproveitando a facilidade do Pix e pagando uma taxa pelo serviço. Essa taxa, embora esteja em redução gradual, é significativamente menor do que as taxas associadas a outros métodos de pagamento internacional, como cartões de crédito.

Em suma, o Pix não só revolucionou os pagamentos no Brasil, mas também está ganhando destaque internacionalmente, simplificando operações cambiais e agilizando as transações para turistas e viajantes em todo o mundo.